ATA DA DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 10.12.1996.

 

Aos dez dias do mês de dezembro do ano de mil novecentos e noventa e seis, reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e trinta minutos foi realizada chamada, sendo respondida pelos Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Giovani Gregol, Guilherme Barbosa, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Ruas, Raul Carrion, Reginaldo Pujol e Wilton Araújo. Constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. À MESA foram encaminhados: pelo Ver. Antonio Hohlfeldt, 04 Pedidos de Providências, 01 Projeto de Lei do Legislativo nº 173/96 (Processo nº 2965/96) e 01 Projeto de Resolução nº 30/96 (Processo nº 2987/96); pelo Ver. Artur Zanella 01 Projeto de Lei do legislativo nº 176/96 (Processo nº 3051/96) e 01 Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 30/96 (Processo nº 2518/95); pelo Ver. Isaac Ainhorn, 01 Projeto de Lei do Legislativo nº 135/96 (Processo nº 2158/96); pelo Ver. João Dib, 01 Pedido de Informações nº 149/96 (Processo nº 3034/96) e 01 Emenda nº 01 ao Projeto de Lei do Executivo nº 67/96 (Processo nº 2964/96); pelo Ver. Jocelin Azambuja, 01 Projeto de Resolução nº 29/96 (Processo nº 2973/96); pelo Ver. Luiz Negrinho, 01 Indicação nº 96/96 (Processo nº 3056/96); pelo Ver. Nereu D'Ávila, 01 Pedido de Informações nº 148/96 (Processo nº 3025/96); pelo Ver. Reginaldo Pujol, 02 Pedidos de Informações nºs 147, 153/96 (Processos nºs 3010 e 3055/96) e 01 Pedido de Providências; pelo Governo Municipal, 01 Projeto de Lei do Executivo nº 70/96 (Processo nº 3095/96). Em continuidade, foi aprovada a Licença para Tratar de Assuntos de Interesse Particular da Vera. Helena Bonumá, no dia de hoje, dando posse a Senhor Presidente ao Suplente Gérson Almeida e informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos. Em PAUTA estiveram: em Discussão Preliminar, 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nºs 154, 159, 174, 175/96, este último discutido pelo Ver. Dilamar Machado, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 22/96; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Executivo nºs 68 e 69/96; em 3ª Sessão o Projeto de Lei do Executivo nº 67/96, discutido pelos Vereadores João Dib, Artur Zanella, Henrique Fontana e Luiz Braz. Em continuidade, foi aprovado o Requerimento verbal do Ver. Artur Zanella, adendado pelo Ver. Henrique Fontana, que solicita alteração na ordem de apreciação da matéria constante nesta Ordem do Dia, em Verificação de Votação solicitada pelo Ver. Luiz Negrinho, na qual obteve dezenove votos SIM e 01 voto NÃO, votando Sim os Vereadores Airto Ferronato, Artur Zanella, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar Machado, Elói Guimarães, Giovani Gregol, Guilherme Barbosa, Henrique Fontana, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, Raul Carrion, Wilton Araújo e Não o Ver. Antonio Hohlfeldt. Em prosseguimento, o Ver. Raul Carrion esclareceu e justificou sua ausência na Sessão Extraordinária, no dia de ontem. A seguir, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado, após ser discutido pelos Vereadores João Dib, Antonio Hohlfeldt, Elói Guimarães, Luiz Braz, Jocelin Azambuja e encaminhado à votação pelos Vereadores Antonio Hohlfeldt, Luiz Negrinho, Henrique Fontana, Milton Zuanazzi, Edi Morelli, o Projeto de Lei do Executivo nº 62/96, em votação nominal solicitada pelo Senhor Presidente, por vinte e um votos SIM e cinco votos NÃO, votando Sim os Vereadores Artur Zanella, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar Machado, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Giovani Gregol, Guilherme Barbosa, Henrique Fontana, João Dib, João Motta, João Verle, José Valdir, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, Nereu D'Ávila, Raul Carrion, Reginaldo Pujol e Wilton Araújo e Não os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Edi Morelli, Jocelin Azambuja, Luiz Braz, Luiz Negrinho, com Declaração de Voto do Ver. Antonio Hohlfeldt. Em Discussão Geral e Votação, 3ª Sessão esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 04/96. Em continuidade, foi aprovado Requerimento nº 193/96, do Ver. Henrique Fontana, que solicita autorização para viajar a Brasília, nos dias dez e onze do corrente mês, para participar das atividades do Congresso Nacional, com ônus para este Legislativo. Em continuidade, o Senhor Presidente apregoou as Emendas nºs 01 e 02 ao Projeto de Lei do Executivo nº 67/96. A seguir, foi apregoado Substitutivo ao Projeto de Lei do Legislativo nº 135/96. Em Discussão Geral e Votação, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 47/93 deixou de ser votado a Requerimento aprovado do Ver. Artur Zanella, que solicita o adiamento da discussão por duas Sessões. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal do Ver. João Dib, que solicita a votação imediata dos Requerimentos em regime de urgência. A seguir, foi aprovado Requerimento do Ver. Artur Zanella que solicita regime de urgência e reunião conjunta das Comissões para apreciar o Projeto de Lei do legislativo nº 165/96. Em prosseguimento, foi aprovado, após ser encaminhado à votação pelo Ver. Jocelin Azambuja, o Requerimento do Ver. Henrique Fontana que solicita regime de urgência e submetido à reunião conjunta das Comissões, o Projeto de Lei do Executivo nº 67/96, em Votação nominal solicitada pelo Ver. Jocelin Azambuja, por dezesseis votos SIM, quatro NÃO e duas ABSTENÇÕES, votando Sim os Vereadores Artur Zanella, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar Machado, Elói Guimarães, Giovani Gregol, Guilherme Barbosa, Henrique Fontana, João Dib, João Motta, João Verle, José Valdir, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, Raul Carrion, Não Edi Morelli, Jocelin Azambuja, Luiz Braz, Nereu D'Ávila, Gérson Almeida e optando pela Abstenção os Vereadores Luiz Negrinho, Pedro Ruas. Em prosseguimento, foi aprovado o Requerimento do Ver. Henrique Fontana, após ser encaminhado a votação pelos Vereadores Artur Zanella, João Verle, João Dib, que solicita regime de urgência e submetido à reunião conjunta das Comissões o Projeto de Lei do Executivo nº 68/96. A seguir, foi aprovado Requerimento do Ver. Dilamar Machado que solicita regime de urgência e submetido à reunião conjunta das Comissões, o Projeto de Lei do Legislativo nº 175/96. A seguir, foram aprovados os Requerimentos do Ver. João Dib que solicitam regime de urgência e submetidos à reunião conjunta das Comissões, os Projetos de Lei do Legislativo nºs 169 e 170/96. Em continuidade, foi aprovado Requerimento do Ver. Artur Zanella, que solicita a votação imediata da renovação de votação constante desta Ordem do Dia. Em Renovação de Votação, foi rejeitado, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores João Verle, Edi Morelli, Reginaldo Pujol, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 164/95, em votação nominal solicitada pelo Senhor Presidente, por oito votos SIM, dezessete NÃO e 01 ABSTENÇÃO, votando Sim os Vereadores Airto Ferronato, Clênia Maranhão, Edi Morelli, Fernando Záchia, Jocelin Azambuja, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Reginaldo Pujol e Não os Vereadores Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar Machado, Elói Guimarães, Giovani Gregol, Guilherme Barbosa, Henrique Fontana, João Motta, João Verle, José Valdir, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Raul Carrion, Gérson Almeida e optando pela abstenção o Ver. Artur Zanella. Em Renovação de Votação, foi aprovado, o Projeto de Lei do Legislativo nº 164/95, em votação nominal solicitada pelo Senhor Presidente, por vinte e dois votos SIM e 01 ABSTENÇÃO, votando Sim os Vereadores Airto Ferronato, Clênia Maranhão, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar Machado, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Giovani Gregol, Guilherme Barbosa, Henrique Fontana, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Ruas, Raul Carrion e optando pela Abstenção o Ver. Artur Zanella. Em continuidade, foram aprovadas as Emendas nºs 01, 02, 03 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 164/95. A seguir, foi aprovado requerimento verbal do Ver. Artur Zanella solicitando a apreciação imediata da renovação de votação do Projeto de Lei do Executivo nº 28/95. Em continuidade, foi aprovado, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Artur Zanella, Raul Carrion, o Projeto de Lei do Executivo nº 28/95, em votação nominal solicitada pelo Ver. Pedro Ruas, por dezoito votos SIM, votando os Vereadores Artur Zanella, Clóvis Ilgenfritz, Dilamar Machado, Elói Guimarães, Giovani Gregol, Guilherme Barbosa, Isaac Ainhorn, João Motta, João Verle, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Ruas, Raul Carrion e Gérson Almeida. Em Renovação de Votação, foi rejeitada a Emenda nº 01 ao Projeto de Lei do Executivo nº 28/95, por oito votos SIM e onze NÃO, votando Sim os Vereadores Dilamar Machado, Giovani Gregol, Isaac Ainhorn, Lauro Hagemann, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Ruas, Raul Carrion e Não os Vereadores Artur Zanella, Clóvis Ilgenfritz, Décio Schauren, Guilherme Barbosa, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Luiz Braz, Maria do Rosário e Gérson Almeida. Em Renovação de Votação, foi aprovada a Emenda nº 02 ao Projeto de Lei do Executivo 28/95. Os trabalhos estiveram regimentalmente suspensos por três minutos. Às doze horas e quarenta e dois minutos, constatada a inexistência de "quorum", o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos e convocou os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Isaac Ainhorn, Dilamar Machado, Wilton Araújo e secretariados pelos Vereadores Luiz Negrinho, Luiz Braz, Clênia Maranhão e Dilamar Machado, estes três últimos como Secretários "ad hoc". Do que eu, Fernando Záchia, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 

O SR. PRESIDENTE (Dilamar Machado): Passamos à

 

PAUTA – DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

1ª SESSÃO

 

PROC. 2487/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 154/96, de autoria do Ver. Nereu D'Ávila, que denomina Rua Silvestre Félix Rodrigues um logradouro irregular, localizado no Conjunto Residencial Costa e Silva, no Bairro Rubem Berta.

 

PROC. 2678/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 159/96, de autoria do Ver. Airto Ferronato, que denomina Av. Ricardo Leônidas Ribas um logradouro irregular, localizado no Parque Industrial da Restinga.

 

PROC. 2972/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 174/96, de autoria do Ver. Luiz Braz, que inclui artigo na Lei nº 7.023, de 16 de abril de 1992, que denomina Largo Jornalista Glênio Peres o local situado entre o Mercado Público Municipal e a Praça XV de Novembro.

 

PROC. 3017/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 175/96, de autoria do Ver. Dilamar Machado, que denomina Rua Dr. Arno Horn um logradouro público, localizado no Bairro Restinga.

 

PROC. 3057/96 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 022/96, de autoria do Ver. Paulo Brum, que torna obrigatória a instalação, nas agências, postos e nos postos de atendimento bancário eletrônico, de pequena escada móvel, abaixo dos balcões de atendimento e nos terminais, para o uso de pessoas portadoras de nanismo, e dá outras providências.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. 3012/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 068/96, que autoriza a Prefeitura Municipal de Porto Alegre a contratar operação de crédito com a Caixa Econômica Federal - CEF, visando a implementação, no Município de Porto Alegre, do Programa de Saneamento - PRÓ-SANEAMENTO, e dá outras providências.

 

PROC. 3013/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 069/96, que autoriza o Poder Executivo Municipal a contratar operação de crédito com a Caixa Econômica Federal visando a implementação, em nossa Cidade, do Programa PRÓ-MORADIA, e dá outras providências.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. 2964/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 067/96, que dispõe sobre a remuneração dos Secretários Municipais, Procurador-Geral do Município, Diretores-Gerais de Autarquias, Diretor-Geral do Departamento de Esgotos Pluviais, Presidente da FESC, Assessores do Prefeito Municipal, Coordenador-Geral do GAPLAN, e dá outras providências.

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a palavra, para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, o Executivo Municipal está preocupado em reajustar os salários dos seus Secretários. Bem faria o Executivo Municipal colocando como Secretários servidores municipais, até para estimulá-los, mas muito mais para ter a garantia de que as coisas funcionariam muito bem. Não vou discutir os erros, as incompetências, assinadas pelo próprio Prefeito, que disse que seus Secretários não podem, pelo pouco que ganham, ter um padrão de qualificação técnica e altas responsabilidades. É o Prefeito que assina, não eu.

Quero testar a seriedade daqueles Vereadores que aprovarem esse Projeto. Espero e conto com que esta Casa não fará essa barbaridade. Mas, para um teste, vou sanar a incompetência da Prefeitura, dos seus eminentes técnicos, os mesmos que propuseram a extinção do DEMHAB para que o Ver. João Verle não fosse Diretor. A Procuradoria da Casa entende como eu: a lei das autarquias é que rege o Conselho Deliberativo. Acho que há aspas entre esses Conselhos que estão aí criados e que são deliberativos na LOM, mas que não deliberam nada. Absolutamente nada.

Para testar a seriedade dos que votam, para corrigir os erros, a incompetência prefeitural, estou fazendo uma Emenda de Liderança, que diz: "Altere-se a redação da Ementa do Projeto, que passa a vigorar como segue: dispõe sobre a remuneração dos Secretários Municipais, Procurador-Geral do Município, Diretores-Gerais de autarquias, Diretor do Departamento de Esgotos Pluviais - e o Prefeito diz que é o Diretor-Geral do DEP; isso não existe -, Presidente da FESC, assessores do Prefeito, Coordenador Geral do GAPLAN, servidores do Município e dá outras providências. Corrijam-se os parágrafos 1º e 2º, artigo 1º, substituindo a palavra correspondente por corresponde; inclua-se no artigo 2º, após a palavra municipal, a expressão "com exceção dos 5,3% que atualmente serão concedidos aos funcionários e servidores do Município". Eu quero ver quem tem a coragem de votar 53% para os Secretários - eu fui Secretário seis vezes não ganho o que aqueles nobres Secretários ganharão -, e excluir do Projeto de Lei os servidores que, se forem Secretários excepcionalmente - isso o PT não faz porque teria que tomar os 30% e não pode tomar 30% dos funcionários -, passam a ganhar três mil e novecentos Reais. Quero ver quem tem coragem de dar três mil e novecentos Reais para os Secretários e não dar 5,3% para os servidores do Município. Esta é a Emenda que eu estou encaminhando à Mesa, para que seja anexada ao Projeto, que eu espero seja rejeitado. Mas se não o for, que a Emenda seja aprovada. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Artur Zanella está com a palavra.

 

O SR ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. O Ver. João Dib pergunta quem tem coragem de dar 53% de aumento aos Secretários; pois eu tenho. E votarei favorável ao Projeto, desde que seja para os Secretários Municipais, Diretores-Gerais de autarquias e Presidente da FESC. Eu fui também quatro vezes Secretários, fui assessor economista. Fui, na época, Diretor do Depto. de Fiscalização do Município, antes de extinção. E, efetivamente, eu acho que deve existir uma certa equivalência. Então, não seria um aumento, e sim, uma adequação. Por exemplo, o Diretor-Geral do DEP, além de não existir, o DEP não é uma autarquia é um órgão da administração direta, logo o Vereador não pode assumir o DEP, portanto está fora. Outro que também está fora é o Procurador-Geral do Município, assessores do Prefeito Municipal, Coordenador-Geral da GAPLAN. Essas assessorias estão tão desmoralizadas que nem o PT vai escolher, quem vai escolher é o Sr. Zulke, Vereador em São Leopoldo. Então, deve ter um salário correspondente ao Sr. Zulke. Devemos retirar ou apresentar um parágrafo III da verba de representação correspondente a 30% do valor atribuído ao vencimento. Por coincidência exatamente os 30% que vão dar ao PT. Então a minha idéia é uma Emenda dizendo que em todos os descontos, que a Prefeitura faz para os partidos políticos e outros, não pode ultrapassar de 10%. Se quiserem dar por fora que dêem. Agora, nós aprovarmos isso no seco! Depois estranhamente, no artigo 2º diz que o vencimento será reajustado na mesma época e nos mesmos índices em que forem o funcionalismo Municipal. Se forem equiparados aos Vereadores devem receber aumento quando vier o aumento dos Deputados Estaduais e Federais e como nós ficamos 24 meses sem alteração. O artigo 4º deve-se tirar de todo. O artigo 5º não tem nada que estar neste processo, isto não é a reforma administrativa da Prefeitura, isto aqui é um aumento, uma adequação dos salários. Então esse art. 5º não tem que estar aqui.

Art. 6º. Bem, era só o que faltava, mesmo, um cargo político ganhar RDE.

Art. 7º (Lê). Vejam bem, por exemplo, o servidor Adalberto que trabalha aqui na Casa. É um técnico da Prefeitura, não sei se é do Planejamento, não pode - se for, Secretário - incorporar aos seus vencimentos esse "plus" que ele amealhará para sua carreira funcional. Quer dizer, se ele for Secretário ele vai ser prejudicado. É um absurdo, esse art. 7º tem que cair fora.

Art. 8º. Também é outro absurdo, porque se for um funcionário municipal tem as vantagens temporais.

O art. 9 e o art. 10 podem ficar sem problemas.

Então, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o meu voto o Ver. Fontana já tem, desde que altere tudo aquilo que foi colocado nesta discussão de Pauta. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Henrique Fontana.

 

O SR. HENRIQUE FONTANA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Eu gostaria de expressar a minha posição, na tribuna, sobre o Projeto que propõe o reajuste de salário para os Secretários Municipais. E quero me dirigir aos Vereadores e a alguns argumentos colocados.

Obviamente não vou conseguir abordar cada um dos argumentos e debates a respeito desse Projeto, mas até agora eu não ouvi nenhum dos Vereadores, que veio à tribuna para eventualmente, se opor ao Projeto, dizer que a remuneração dos Secretários do Município, de fato, não está defasada ou de que ela seja a remuneração adequada. Ouvi alguns outros argumentos que fogem dessa questão fundamental e que deve ser debatida com maturidade pela Câmara.

Se em todas as esferas de governo, como colocava o Ver. Milton Zuanazzi outro dia quando fazia um debate, há um entendimento de que os Secretários Estaduais tenham o salário equiparado aos Deputados Estaduais, os Ministros tenham o salário equiparado aos Deputados Federais, na imensa maioria das capitais desse país, aonde existe um volume de responsabilidades de trabalho semelhante ao que vão ter ou a que tem os Secretários do Município de Porto Alegre, os salários são absolutamente ou muito maiores do que os salários pagos aos Secretários municipais de Porto Alegre.

 

O Sr. Artur Zanella: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu sei que é difícil esta defesa que V. Exa. faz. Nós temos no plenário pessoas com bastante experiência que vão ajudá-lo. Nesse momento temos quatro ex-Presidentes da Casa no plenário que farão tudo para que esse Projeto passe, porém V. Exa. tem que ter um pouco de malhabilidade para cortar um pouco, está demais esse Projeto. Quem sabe V. Exa. com esses quatro ex-Presidentes que estão presentes poderia melhorar um pouco esse projeto, porque assim está difícil.

 

O SR. HENRIQUE FONTANA: Eu acolho o aparte do Ver. Zanella e quero dizer que como sempre em qualquer projeto, estamos dispostos, obviamente, a ouvir as sugestões, debater e, se formos convencidos da necessidade de alterar alguma parte do Projeto, isso poderá ser feito.

Volto ao centro do meu argumento e me dirijo, especialmente, ao Ver. Dib, porque não ouvi o Ver. Dib dizer que seja incorreto o Secretário Municipal, com o volume das responsabilidades que tem, ter um salário de R$ 3.900,00. Esse é o argumento central a ser debatido. Não podemos mexer em 3, 4, 5 variáveis e fugir do argumento principal. A pergunta é esta: é compatível com o grau de responsabilidade que tem um Secretário Municipal receber R$ 3.900,00? Ou não?

 

O Sr. João Dib: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Fontana, fui 6 vezes Secretário e 2 vezes assessor-engenheiro e ganho menos - e V. Exa. deve saber que o aposentado recebe dois avanços - do que se pretende pagar para os secretários atuais e menos ainda se considerarmos que os secretários que poderão ser lá da Prefeitura são excluídos de qualquer benesse desse Projeto do Prefeito.

 

O SR. HENRIQUE FONTANA: Alguns Vereadores que se tem posicionado contra o Projeto - e não é o caso da maioria dos Vereadores da Casa - não têm tido nenhuma parcimônia em colocar que consideram justo que um Vereador receba R$ 4.500,00 por mês. Tenho dificuldade em entender a coerência de que para um Secretário seria injusto receber R$ 3.900,00 e para um Vereador seria justo receber R$ 4.500,00. Há uma contradição nessa posição, porque, se eu defendo um salário de R$ 4.500,00 para um Vereador - votei a favor disso -, entendo que o salário de R$ 3.900,00 para Secretários é justo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Com a palavra o Ver. Dilamar Machado.

 

O SR. DILAMAR MACHADO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, 1º dia de Pauta, Projeto de minha autoria, PLL nº 175/96. Quero fazer, não só uma rápida exposição sobre a matéria, mas requerer dos meus companheiros Vereadores a compreensão e o apoio para que seja aprovado o regime de urgência para que eu possa ver este Projeto aprovado, porque ele não inclui nenhuma polêmica, não há nada político-ideológico, é apenas uma homenagem pessoal ao cidadão já falecido, que por estranha coincidência da minha assessoria está tendo nome de rua no bairro da Restinga. E numa das mais importantes vias públicas da Restinga, a Estrada do Barro Vermelho. Já está, inclusive, pavimentada, é um logradouro público importante de ligação no Bairro da Restinga.

A homenagem que estou prestando não é pessoal, foi solicitada pelo Governador do Rotary.

O homenageado trata-se de Arno Horn, cidadão nascido em 1918 na Cidade de Porto Alegre. (Lê Exposição de Motivos)

O pedido que deixo aos companheiros Vereadores é o apoio para o regime de urgência, o apoio do Vereador que for escalado para o Parecer, para que eu possa ter a alegria, antes de deixar esta Casa no final desta semana, tendo em vista o término dos trabalhos legislativos, ter essa participação com os meus companheiros Vereadores de deixar uma homenagem a um cidadão que, como nós, se esforçou ao longo de sua vida pelo bem comum e pela Cidade de Porto Alegre.

Sem dúvida, a Cidade de Porto Alegre e o Bairro da Restinga ficarão mais enriquecidos pela homenagem que esta Casa vai prestar a Arno Horn. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Luiz Braz está com a palavra, para discutir a Pauta.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, o Projeto, na verdade, não é de todo injusto, talvez seja inoportuno porque deveria ter sido apresentado antes das eleições municipais porque seria declaração do Partido do Governo de que ele desejaria, de qualquer forma, ganhasse quem ganhasse, que os Secretários do Município e alguns Diretores pudessem ter os seus salários aumentados a fim de estarem coerentes com o nível de responsabilidade que têm nas secretarias e diretorias que exercem. Mas, resolveu o Partido do Governo mandar este Projeto agora, depois das eleições, quase ao apagar das luzes desta Legislatura, e acredito que com alguns excessos. Até acredito, Ver. Zuanazzi, que os Secretários devessem ganhar não os três mil que estão aqui, acredito que os Secretários devessem ganhar igual ao Vereador porque eles também têm responsabilidade muito grande. Imaginem a responsabilidade de quem administra uma autarquia como o DMAE, a quem incumbe administrar quase 1/3 do Orçamento do Município é praticamente correspondente a isso. Neste caso creio que, também, deveria ganhar o que ganha um Vereador. Mas, existem alguns exageros e um desses está no art. 5º, que diz que o GAPLAN foi criado única e exclusivamente para poder administrar o Orçamento Participativo. E o Orçamento Participativo, eu até li uma matéria muito boa no "Jornal Já", faz parte daquela estratégia leninista de criar um poder paralelo. E nós vamos contemplar esse administrador desse poder paralelo com um salário equivalente àqueles dos Vereadores que tem realmente uma responsabilidade bem maior dentro do Município, porque tem uma responsabilidade que o GAPLAN não tem.

Eu acredito que o Coordenador-Geral do GAPLAN seja um dos exageros que está contido aqui dentro desse Projeto. Como também eu sou contrário, e falava com a Liderança do PT, que a FESC esteja aqui presente, até porque eu não sou favorável a estrutura administrativa do Município na existência da FESC, como ela existe. Então eu seria contrário a que a FESC estivesse também dentro desses reajustes que estão propostos aqui para o seu administrador. Seria favorável a que os Secretários tivessem o aumento, para que os Secretário-Veradores, os que saem desta Casa e vem para as Secretarias, que pudessem estar ganhando igual os Vereadores aqui da Casa. Afinal de contas seria justos que aqueles que são pinçados aqui da Câmara Municipal, e que são levados às Secretarias, que eles possam levar aquilo que ganhariam se estivessem permanecendo aqui nas suas funções. Eu acho que isso seria justo. Aqui os dois Vereadores: Henrique Fontana, João Verle, eles vão dirigir, um uma Secretaria importante e o outro vai dirigir o DEMHAB, esses dois Vereadores que foram escolhidos pela população, eles vão dirigir órgãos importantes no Município e deveriam continuar ganhando o mesmo como se estivessem aqui na Câmara Municipal. Eu acho que esse é um dos erros do Projeto. Agora, existe determinados exageros que o GAPLAN e a FESC, que eu retiraria deste projeto, e os acessórios. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. RAUL CARRION (Esclarecimento): Gostaria de fazer um esclarecimento referente à Sessão de ontem pela manhã. Eu só tomei conhecimento da convocação no final da manhã. O problema é que o fonograma foi enviado na sexta-feira e como eu não estava em casa, estava aqui, eu não o recebi. Sábado, eu estive todo o tempo em casa e o correio não se fez presente. Domingo eles não aparecem, e segunda-feira eles apareceram no final da manhã. Então, que fique registrado que este Vereador não esteve ontem pela manhã pelo fato de não ter recebido a convocação.

 

O SR. PRESIDENTE (Wilton Araújo): Está justificada a sua ausência, Vereador.

Chamada nominal para entrada na Ordem do Dia.

 

O SR. PRESIDENTE (Wilton Araújo): Há quorum, mas por uma questão regimental e legal, nós vamos suspender os trabalhos até que o Sr. Presidente da Mesa se faça presente. (10h14min)

 

O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): (10h17min) Estão reabertos os trabalhos.

 

O SR. ARTUR ZANELLA (Requerimento): Sr. Presidente, eu requeiro, ouvido o Plenário, que o PLCL 30/95, PLCL 20/96 e PLCL 21/96, sejam votados ao final, porque dois demandam um debate mais aprofundado e o outro está chegando uma Emenda do Executivo.

 

O SR. HENRIQUE FONTANA (Requerimento): Sr. Presidente, eu requeiro que o PLE nº 62/96 seja votado em 1º lugar.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação os Requerimentos dos Vers. Artur Zanella e Henrique Fontana. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que os aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADOS.

 

O SR. LUIZ NEGRINHO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, quando V. Exa. estava colocando os Requerimentos em votação, eu pedi a votação nominal.

 

O SR. PRESIDENTE: Nobre Vereador, eu quero informar a V. Exa. que coloquei em votação e depois de declarar aprovado eu ouvi uma solicitação de votação nominal.

 

O SR. LUIZ NEGRINHO: É que eu solicitei a votação nominal antes de V. Exa. declarar os Requerimentos APROVADOS.

 

O SR. PRESIDENTE: V. Exa. dispõe do instrumento jurídico, legal e regimental de verificação de votação que tem o mesmo sentido. Se V. Exa. requerer isso, eu defiro, Vereador.

 

O SR. LUIZ NEGRINHO: Então, eu faço um Requerimento de Verificação de Votação.

 

O SR. PRESIDENTE: Legal e regimentalmente esta Presidência defere.

Com a palavra o Ver. Wilton Araújo para a chamada nominal. (Após a chamada.) APROVADO por 19 votos SIM e 01 voto NÃO a alteração requerida pelo Ver. Artur Zanella e pelo Ver. Henrique Fontana.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2728/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 062/96, que autoriza o Executivo Municipal a abrir créditos suplementares no valor de R$ 680.000,00, e dá outras providências. (na SGM e na SMF)

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da LOM.

 

O SR. JOÃO DIB (Questão de Ordem): Só houve uma reunião da Comissão?

 

O SR. PRESIDENTE: Sim, está incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81.

O Ver. João Dib está com a palavra para discutir, o PLE nº 62/96.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores essa é uma prova da incompetência prefeitural, mas também é uma prova dos gastos absurdos com publicidade da Administração Prefeitural, que pertence ao Partido dos Trabalhadores, que gastou cerca de 4 milhões de reais em publicidade no 1º semestre e que viu o PT de São Paulo entrar no TRE contra a Administração de Paulo Maluf que gastou 13 milhões e meio de reais no mesmo espaço de tempo. Só que o orçamento da administração paulista e da administração porto-alegrense tem a relação de um para dez, até mais, portanto se aqui gastaram quatro milhões, se lá tivessem gasto quarenta milhões estariam dentro da normalidade. A Prefeitura de Porto Alegre do Partido dos Trabalhadores sempre tem dois pesos e duas medidas. Quando a Prefeitura se propõe a fazer essa suplementação, claro que nós não chegamos a considerar, não podemos, não temos dados, para dizer se está dentro de 0,7% permitido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias, mas é claro que esse dinheiro já foi gasto e deve ser pago. As pequenas entidades jornalísticas e publicitárias precisam urgente desse dinheiro, e lastimavelmente, porque o Prefeito corre na frente, além da suplementação para publicidade, vamos ter que aprovar essa violência, essa barbaridade, esse desrespeito à Câmara Municipal, porque o dinheiro já foi gasto. Aquelas pessoas que servem ao Município não têm obrigação de saber se existe ou não verba, eles apenas recebem as ordem para utilizar os seus veículos, utilizar os seus serviços de agências de publicidade. Então, precisam ser pagos. É uma violência, é uma barbaridade, mas deve ser aprovado. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra para discutir.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, partindo da mesma observação do nobre Ver. João Dib, eu quero chegar a algumas constatações e conclusões bem diferentes. Tem sido unânime entre todos nós que boa parte da vitória da Administração Popular, quanto à imagem junto ao público, advém exatamente de uma permanente campanha de marketing que se desenvolve em nível da Administração Pública. Conheço inclusive dois ou três trabalhos acadêmicos, um dos quais uma dissertação de mestrado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em que se faz a análise exatamente da organização da Administração Popular e da preocupação que ela tem em fazer o que se chama, tecnicamente, de marketing pós-eleitoral.

A Prefeitura de Porto Alegre não faz uma única atividade sem ter o pressuposto da recepção imediata por parte do público para além do ato em si. Trabalha-se com aquilo que, academicamente, chamamos do imaginário popular, Isso reside, sob o ponto de vista prático, em uma estrutura de comunicação social montada e centralizada na Administração que, obviamente, necessita não apenas de criatividade, de idéias, mas de dinheiro para ser financiado. E a Administração sacou sobre o vazio, com antecipação, de maneira irregular e ilegal verbas para fazer o máximo possível da sua campanha até julho, evidentemente, desrespeitando não só esta Casa, mas o eleitor de Porto Alegre como um todo, é o óbvio, é dizer o mais evidente possível. Agora, dizer que esta Casa vai dar cobertura a isso, sob a desculpa de que as empresas de publicidade contratadas não tem responsabilidade sobre o fato, perdoe-me, Ver. João Dib, com todo o respeito, mas é tapar o sol com a peneira. Ninguém faz nada de ingênuo, muito menos empresário da comunicação social. Evidentemente, eles sabem muito bem qual é a verba disponível, até porque isso faz parte dos contratos, dos editais de licitação.

Mais do que isso, há uma seria denúncia de todas as agências de publicidade sobre uma empresa chamada "Freimi", que veio depois da Fama, ou Trama, e que ninguém sabe direito que empresa é essa, mas que ganha boa parte da publicidade da Administração Popular. Não é empresa comum do mercado, não é tradicional no mercado de Porto Alegre, mas consegue contratos junto a Prefeitura Municipal. Então, até porque os valores distribuídos entre as várias empresas, que não sabemos direito quantas são, realmente não é uma coisa tão terrível, mas, de fato, as agências de publicidade estão muito preocupadas com a Administração Municipal. Acho que não há por que esta Casa dar cobertura a uma coisa que, sabidamente, a Administração fez de maneira irregular, e que as empresas aceitaram de maneira irregular. Porque ninguém vai me dizer que uma empresa que aceita um contrato não vai saber o que está fazendo.

 

O Sr João Dib: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, V. Exa. disse que nós não sabemos - expressão sua - quais as empresas que estão para receber o dinheiro. E as empresas - V. Exa., como Vice-Presidente da Comissão de Finanças, também não sabe - não sabem quanto gastaram; ninguém sabe. Até, quando eu fiz um pedido de Informações ao Executivo, este me informou muito mal, incompleto. Parece estar sobrando muito dinheiro, então, não vou aceitar a minha inocência quanto às empresas, porque elas não têm como saber, pois elas são credenciadas no Passo dos Açorianos e fazem publicidade na medida em que o Chefe do Gabinete de Coordenação do Prefeito, que vai receber o novo salário.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Estou de acordo com V. Exa., e até não tenho condições de acompanhar toda a imprensa - e nem mesmo nós, aqui, conseguimos fazê-lo -, mas eles sabem que correm um risco. Ver. João Dib, V. Exa. já foi Prefeito desta Cidade, também sabe das dificuldades que em décadas anteriores a Prefeitura enfrentava para manter contas em dia, porque não era fácil, e hoje é razoavelmente objetiva a manutenção dessas contas. Então, o que nós temos num saque, num vazio, é realmente má-fé, e eu me nego a dar cobertura à má-fé. O que acho que as empresas prejudicadas têm que fazer, é o que qualquer cidadão numa empresa comum faz: contratou e não tem dinheiro, é caloteiro, tem que responder na Justiça; simplesmente isso. Não há por que esta Casa ficar tapando o sol com a peneira e, enquanto isso, a Administração continua com a sua imagem de linda princesa, de ótima cumpridora dos seus deveres quando, de fato, não é isso que acontece no dia-a-dia, inclusive, num confronto direto com os partidos de oposição, para pedir cobertura para estes depois, o que é um comportamento, no meu entendimento, completamente autofágico, dos partidos de oposição desta Casa.

Bom, da nossa parte, realmente, a discussão é de levantar o problema e de ver a posição das demais Bancadas. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLE nº 62/96.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, e Srs. Vereadores, quero aproveitar esta oportunidade para colocar entendimento um pouco diferente das manifestações produzidas a respeito da publicidade dos órgãos públicos. Eu acho que devemos refletir sobre esta questão, quando se vota esta matéria; é preciso que o Poder Público tenha, assim, ampliada a sua comunicação com a sociedade. Evidentemente, quando assim coloco, não estou a defender que se faça parcialidade dos recursos destinados à comunicação social, mas que esses recursos sejam canalizados no sentido de mostrar a atuação da atividade pública, da atividade oficial, tanto de Município, quanto de Estado e União. Então, esses recursos que estão aí apontados em suplementação de verba, em grande parte são recursos excepcionais, já são compromissos firmados. Muitas vezes aqui se reclama que a Câmara foi colocada à margem da mídia, à margem do noticiário. Então, eu acho que o Poder Público, tanto o Município, quanto o Estado e a União, tem que investir nos meios de comunicação. Se nós fizermos uma análise - e eu a faço com isenção - do enfoque da grande mídia sobre a administração ou sobre os administradores do Partido dos Trabalhadores, eles estão levando ferro em todas as instâncias. Esta é a análise que eu faço.

Então, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu acho que o Poder Público tem que investir, o Poder Público tem que sair desta sua cautela, porque neste projeto neoliberal são alocados grandes recursos contra o Estado, contra a instituição pública e a instituição pública muitas vezes não tem como se defender. E uma das formas que ela tem de se defender é exatamente através da comunicação. Não há nada sem comunicação. O que acontece nesta Casa, por exemplo, ninguém, ali, do outro lado da rua, sabe o que está acontecendo. Decisões importantes, fundamentais para a cidade ninguém conhece. E há formas, na sociedade contemporânea, para nós nos comunicarmos com a sociedade. Nós temos que aprender esta verdade, que nós não nos comunicamos com a sociedade senão pelos meios de comunicação. E, para se comunicar com a sociedade pelos meios de comunicação, é necessário investir nisso. Eu até cumprimento o Governo do Estado por estar fazendo um grande investimento nesta área de mídia. Estão aí, publicadas amplamente as tratativas desenvolvidas pelo Governo do Estado com esse grande investimento que vai ser feito no Rio Grande do Sul, através da GM. Está correto. É hora de se mostrar ao povo que, em última análise, contribui com os impostos, que as autoridades estão trabalhando. Esse dinheiro será irrigado para RBS, para a nossa querida Caldas Júnior e para os meios de comunicação, como o Jornal do Comércio. Isso gera emprego, mantém o nosso sistema de comunicação. Vamos deixar claro isso. Não sou da área de jornalismo, comunicação social, mas acho que é lamentável que a Casa não tenha recursos para fazer um bom relacionamento de serviços e de investimentos nessa área importante. Sem mídia não acontece nada. Ninguém sabe o que esta acontecendo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Luiz Braz está com a palavra, para discutir o PLE nº 62/96.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Senhor Presidente e Srs. Vereadores, o Ver. Elói Guimarães vem a esta tribuna tentar justificar a necessidade de o Governo comunicar-se com a população através dos meios de comunicação. Eu concordo, mas digo que no Governo de V. Exa., quando V. Exa. era Secretário de Governo e o Dr. Alceu Collares era o Prefeito, não faziam esse mesmo tipo de comunicação, porque as oposições daquela época não permitiam que o Governo de V. Exa. tivesse tantos recursos à disposição.

Até o mês de julho o Governo Municipal sentiu uma forte necessidade de se comunicar com a população e manteve, tanto na RBS/TV, como em outros órgãos de comunicação, um programa de três minutos de duração chamado Cidade Viva, porque era uma necessidade a comunicação com a população. Passadas as eleições, Ver. Elói Guimarães, essa necessidade terminou ou diminuiu e não vi V. Exa. fazer essa análise. V. Exa. que é um homem sábio, um dos homens mais experientes desta Casa, V. Exa. se furtou de fazer esta análise do porquê que antes das eleições era necessário se fazer excesso de comunicação e passadas as eleições, eleita uma Bancada de quatorze Vereadores, eleito o Prefeito do PT terminou a necessidade de se comunicar com a população; não tem mais Cidade Viva nem aqueles excessos de comerciais espalhados pelas diversas emissora de Porto Alegre. Mas por quê? O que mudou? Será que a população está cansada de ser informada ou será que tivemos uma distorção com os gastos com publicidade? É isso que gostaria que V. Exa. tivesse analisado como Relator da matéria, mas não consegui ver na análise de V. Exa. esses fatos.

Então, quando votamos suplementação após esses gastos desmesurados que houve até o mês de julho, nós só podemos nos postar contrariamente porque é dinheiro público, não é dinheiro que está saindo do bolso de ninguém daqui desta Casa ou da Administração. É dinheiro público. Seiscentos e oitenta mil reais que estão sendo pedidos é dinheiro dos cofres públicos e nesta Casa, muito embora nós não tenhamos durante toda esta legislatura tratado dinheiro público com este requinte, pelo menos, agora no final, vamos marcar esta posição e isso significa votar contra esse projeto. Desde o início somos contrários a esse projeto porque causa privilégios. Tivemos diretores de empresa de comunicação que vieram aqui pedir para Vereadores aprovarem esse projeto. Eu nunca tinha visto isso. Tenho quatorze anos aqui nesta Casa, V. Exa. deve ter mais tempo do que eu de permanência aqui nesta Casa e tenho certeza que V. Exa., nunca viu coisa igual, diretores de empresas vindo aqui pedir para os Vereadores aprovarem o projeto de suplementação para poderem receber suas verbas. Eu não vou participar disso, Ver. Elói Guimarães, não quero ter este peso em minha consciência. E penso que os Vereadores que quiserem votar este Projeto respeitando o dinheiro público têm que votar contrariamente. Acho que não se pode votar, de forma alguma, aprovando este Projeto e aprovando as regras que não foram regras leais estabelecidas para o gasto do dinheiro público neste ano de eleição.

Por isso mesmo a única posição que acho que podemos tomar nesta Casa é contrariar essa vontade do Executivo, de fazer essa suplementação neste final de legislatura. Acho que não há outro caminho: os Vereadores têm que se posicionar contrários a esta suplementação, é o entendimento deste Vereador. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Próximo orador inscrito Ver. Edi Morelli, que desiste. Ver. Jocelin Azambuja.

 

O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, este projeto de suplementação é daqueles que constrange a todos nós. Porque sabemos que estamos pagando a campanha do PT à Prefeitura de Porto Alegre. Na prática os meios de comunicação dão um espaço muito diminuto a esta Casa, um espaço extremamente pequeno, e alguns não dão nenhum espaço, ou quando dão é para caluniar ou difamar estes Vereadores. Como é o caso da "Zero Hora", há pouco tive que mandar publicar matéria paga no "Correio do Povo" para salvaguardar a minha honra. Este é o sistema. Eu até iria votar a favor porque a essas alturas já usaram a Câmara durante 4 anos, a Câmara fez tudo que o Executivo quis. Quando vejo alguém dizer que votou contra isso ou aquilo, vamos colocar a mão na consciência, se votaram um ou dois projetos contra foi muita coisa. Todos aqui têm culpa, sabem que o PT chegou ao poder graças à conivência da Câmara Municipal de Porto Alegre, esta é a minha avaliação, porque não tivemos oposição de fato durante 4 anos. A prática nos mostra isso. Agora, é mais do que justo a Casa autorizar a pagar a despesa de campanha, porque já tinha feito a eleição do PT durante 3 anos e meio, e agora vai pagar a campanha, como até um dever político.

Eu até ia votar a favor, mas sou um homem de partido, e o meu Partido deliberou que devemos votar contra, vou acatar a posição do meu Líder, companheiro Luiz Braz e dos demais companheiros de Bancada.

O PTB procurou manter posturas oposicionistas durante esses 4 anos.

Hoje há um encarte na "Zero Hora", que fala das novas Prefeituras. Era bom que o PT lesse. Diz como se deve dar a relação entre Poder Legislativo e Executivo, e falam que o Poder Legislativo deve fiscalizar permanentemente os atos do Executivo, até para ajudá-lo a não cometer erros e depois serem processados pelo Tribunal de Contas, como já foi - e está sendo, se não me engano - o Governo Municipal.

Esse poder de fiscalização que a Câmara de Vereadores tem que ter tem que ser exercido na sua plenitude.

Nesses 4 anos, o Executivo conseguiu tudo o que quis, aqui; nos próximos 4 vai ser um "passeio".

Vou votar contra, mas entendendo que a Casa já deu tudo o que o PT quis, e vai dar mais esse apoio para que possam pagar as contas de campanha.

O espaço que se dá não é para falar sobre as ações do Poder Legislativo. Inclusive, quando pegam os Projetos que aprovamos, as leis que fazemos, quando o Prefeito assina o Decreto, sai como "lei do governo municipal". Nem mencionam o Vereador que fez a lei.

Há pouco tempo saiu uma reportagem sobre a questão dos bares, nem mencionaram o Ver. Milton Zuanazzi. Duas páginas de jornal, nem mencionaram que ele foi o autor do Projeto. Ainda quando é divulgado dizem que foi uma decisão do Orçamento Participativo e do Governo Municipal.

Vou acompanhar a decisão partidária e o PTB vai votar contra a matéria e eu também voto contra ela. Acho que não vai resolver nada porque já está aprovado, pelo que observei. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Encerrada a discussão. Em votação o Ver. Antonio Hohlfeldt encaminha a matéria.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, passamos todo o 1º semestre do ano e primeiro mês do segundo semestre, ouvindo em sessões, "Cidade Viva" em emissoras de rádio e televisão. Era um festival de informação e, diga-se de passagem, de manipulação de opinião, porque as pessoas eram identificadas pelos seus nomes e se omitia os vínculos partidários que elas tinham com o Partido dos Trabalhadores. Todos estavam vinculadas com o Partido dos Trabalhadores. Não se perguntava nada a alguém que não estivesse vinculado ao PT. E eu desavio o PT dizer que é contrário e trazer os nomes das pessoas e eu vou ao cartório eleitoral e vou provar o que digo.

(Aparte anti-regimental do Ver. Guilherme Barbosa.)

Ver. Guilherme Barbosa eu ainda sei quem é do PT e me lembro muito bem, para o seu azar. Conheço bem a turma.

Quero chamar a atenção, Sr. Presidente e Srs. Vereador, é que repentinamente, passada a campanha eleitoral o programa se evaporou. Vitorioso no dia 03 de outubro não tem mais o que informar. Dane-se a opinião pública e dane-se o cidadão que tem que saber das coisas da Prefeitura. Sumiu o programa do ar.

Este é o partido que critica o Governo Estadual porque gasta dinheiro em publicidade. Este é o partido que criticou o governador Collares, Ver. Elói Guimarães, porque ele gastava em publicidade e não pagava o funcionário. E aqui vem o Ver. Elói Guimarães fazer a defesa deste partido. Não entendo mais nada. Em nome de um acordo de Mesa o que se faz. É impressionante. Até trair os companheiros se trai, até defender uma coisa que é irregular se faz.

Eu queria ressaltar que cada vez que nós suplementamos verba para publicidade, estamos deixando de suplementar verba para pagar funcionário público municipal, ou seja, a prática é a mesma, os discursos é que mudaram nas situações diferentes. Faça o que eu digo mas não o que eu faço, é a velha lição que nós estamos aprendendo no dia-a-dia.

Dinheiro para funcionário público não tem; dinheiro para secretário tem. Dinheiro para funcionário público não tem; dinheiro para publicidade tem. Como é suplementação, não é dinheiro carimbado, carimba-se em tal e qual rubrica porque se quer. Essa é a constatação bem objetiva. Lamentável que conte com a cobertura desta Casa, porque são 680 mil Reais agora, foram outros tantos localizadamente em cada departamento, ou autarquia, ou da centralizada em projeto de suplementação anterior, que realmente as coisas passam como se fossem naturais. Chegamos a ouvir aqui discursos que acham que é assim mesmo, como se nós estivéssemos criticando o investimento em publicidade.

Nós não criticamos investir em publicidade ou fazer mídia. Pelo contrário. Criticamos sim sacar no vazio. E não há dúvidas que essa suplementação evidencia o óbvio. Se sacou sobre nada e se conta com o aval da Câmara agora para tapar o buraco. E se conta com esse aval porque assim não se retorna à discussão em torno das reivindicações de funcionários. E se conta com o aval da Câmara, porque sabem que a Câmara diz amém. Esta é a nossa realidade. Enfim, a maioria é a maioria. A gente vai se curvar a ela.

Eu não quero deixar sem registro, porque eu tenho 14 anos nesta Casa, o meu lamento por esse tipo de comportamento. O que eu aqui enunciava quando era oposição, inclusive ao Ver. João Dib, em nome do PT, e resistia ao Prefeito Collares, hoje o PT faz com o aval das oposições. É uma bela história para se contar sobre o Legislativo Municipal. Nada para o funcionalismo, bastante para a publicidade. Nada para o funcionalismo, muito para o secretariado. E sobre nada; sobre vazio; sobre inexistência de dinheiro. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Luiz Negrinho está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. LUIZ NEGRINHO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, lamento que o Ver. Henrique Fontana não tenha ouvido este Vereador, porque insiste em trazer o 1º Processo a Ordem do Dia sempre essa suplementação de verba que cria este problema que vai mais uma vez se arrastar até o final da amanhã e nenhum Projeto vai ser votado novamente. E eu vou encaminhar contrário por um simples motivo: no jornal Correio do Povo de sábado tem uma matéria sobre o problema da Sanga da Morte, onde, com aquelas chuvas que caíram em Porto Alegre, arrastou literalmente a metade de uma casa e por pouco não aconteceu uma tragédia. E quem não conhece a Sanga da Morte? Colocaram várias placas no início e no final da Av. Icaraí, segunda etapa da Sanga da Morte. E nós sabemos que não terminaram nem a primeira, porque onde ocorreu esse problema é na parte maior, que é na Vila Cristal. E vou mais além, na Restinga, na Zero Hora de ontem escreveram sobre o problemas de algumas famílias que invadiram uma determina da área e que estão lá jogadas, tipo animais, nos fundos de uma creche sem uma solução do DEMHAB. E o DEMHAB não vem aqui pedir uma suplementação de verba para resolver esse problema. Então eu acho que existe uma contradição no discurso aplicado lá fora e das ações desenvolvidas aqui nesta Casa.

Voto contra, também, pelo fato de nós termos um valão, o famoso valão que quem passar nos dias de chuva pela avenida Tronco, na Vila Cruzeiro do Sul, entre a Dona Otília e a Dona Malvina, veriam, com os próprios olhos, o que tenho tentado falar aqui: as crianças tomando banho naquela sanga, pois simplesmente cobriu a rua. Voto contra por causa disso, se viesse uma suplementação para a canalização daquele buraco, daquele valão eu votaria favorável. E quando um vereador vem aqui, coloca uma Emenda no orçamento, para que seja destinado algum recurso para que se faça alguma obra, não passa no Plenário. Mas, o Executivo não tem iniciativa de fazê-lo.

Tenho falado em um problema sério, seríssimo, o problema da Chácara dos Bombeiros, a continuação da rua da Represa, no alto do Partenon, o pessoal não tem água. Recebi, aqui no gabinete, duas ou três comissões que alegam que precisam ficar acordados durante a noite para que possam encher um latão, um balde, ou tonél de água. Esses são os problemas da nossa cidade, esses são os problemas que nós precisamos resolver. Se viessem uma suplementação para resolver esses pequenos problemas, vocês podem ter certeza que este Vereador votaria favorável.

Outro problema, que não requer recursos, é uma rua de recreio - esse Vereador vem pedindo há mais de dois anos - a Rua Jaguari entre a Capivari e a Av. Caí. Convido qualquer um dos Vereadores, após às 17h, na saída do colégio, se aquela rua não se transforma em uma rua de recreio. Os motorista já começaram a entender, por livre iniciativa, que ele não devem - quem vem pela Caí - dobrar a direita e quem vem - pela Capivari - dobrar à esquerda. Já estão entendendo, porque ali há um acúmulo de crianças que vão jogar bola, as famílias sentam na calçada, colocam as cadeiras na rua, para isso que não requer recursos o Executivo, também, não tem iniciativa. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Henrique Fontana, para encaminhar o PLE nº 62/96.

 

O SR. HENRIQUE FONTANA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, primeiro, gostaria de colocar que existe um viés na nossa discussão aqui que não leva em conta se é correto, ou não, o Poder Público ter recursos orçamentários para se relacionar, através dos meios de comunicação, com a cidadania que representa, enquanto gestor público. Eu quero colocar a minha posição, a posição de nossa bancada, de que isso é uma exigência da gestão pública qualificada, a comunicação com a cidadania, prestando conta dos trabalhos que são feitos, convidando a cidadania a participar de decisões da gestão pública, ou seja, transformando, de forma mais fácil de ser acompanhada, as decisões quotidianas do Poder Público na relação com os cidadãos que ele representa. Essa, para mim, é uma preliminar.

Segunda questão, é discutir se a qualidade da comunicação desempenhada hoje pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, com os recursos orçamentários limitados em 0,7% dentro da LDO - aqui colocar o Ver. João Dib, que há a mais absoluta segurança de que a LDO está sendo respeitada - não passarão de 0,7%. Se esse fosse o problema é óbvio que o prefeito estaria cometendo um erro que pode ser cobrado por qualquer um dos vereadores. Eu entendo que a publicidade da prefeitura é adequada e qualificada. Respeito os vereadores que têm posição divergente. Agora me impressiono - provavelmente, o Ver. Antonio Hohlfeldt está acompanhando esse debate de seu gabinete - com a forma como o Ver. Antonio Hohlfeldt está debatendo esse assunto. Ele propõe uma espécie de patrulha sobre a Câmara de Vereadores. Ele chegou ao ponto de dizer aqui, olhando o Ver. Elói Guimarães, que a defesa do Ver. Elói Guimarães, por convicção política de que deve votar a favor da suplementação, tem uma relação com o acordo da Mesa. O Ver. Antonio Hohlfeldt, de repente, procura se transformar numa espécie "onbudsman" da Câmara, aquele que discute os votos e os atos de cada um dos partidos e de cada um dos vereadores. Ora, isso sim é uma postura autoritária e antidemocrática, porque nós partimos do pressuposto que os vereadores que votarem contra a suplementação têm as suas convicções para votar contra, os vereadores que votarem a favor, também têm as suas convicções para votar a favor, portanto, devem ser respeitados. Eu nem vou falar da questão da relação do Ver. Antonio Hohlfeldt com o meu partido, que essa tem fundos que não são mais da política, são da psicanálise da política misturada que, aí sim, e na relação com o nosso partido, o Ver. Antonio Hohlfeldt a cada assunto que aborda, também constante, tem uma espécie de consciência que ele representaria do que é ou não a coerência do PT. Aliás, eu vejo que ele se preocupa mais com a coerência do PT, do que com a do seu atual partido. Isso me impressiona muito, porque se ele está construindo uma outra proposta política provavelmente é porque ele acha que o PT não mereceria mais a confiança política dele e saiu da PT.

Seria importantíssimo que o Ver. Antonio Hohlfeldt assumisse, rapidamente, a consciência do seu próprio partido para debater, por exemplo, qual é a relação que tem o governo Federal com o mundo da publicidade. Ou o Governo Federal entende que não deva haver nenhum gasto para se comunicar com a sociedade? Eu tenho críticas muito fortes ao que foi feito no Governo Federal logo antes da eleição presidencial, em que o Plano Real foi propagandeado com verbas estatais de companhias públicas, no meu ponto de vista, de forma equivocada.

Concluindo o meu encaminhamento, Sr. Presidente, eu gostaria de colocar que cada um dos Vereadores vai votar de acordo com a sua consciência e que, no que depender de mim eu, faria uma solicitação gentil ao Ver. Antonio Hohlfeldt de que dispenso patrulha e dispenso comentários mais específicos sobre o voto de cada um dos Vereadores. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Milton Zuanazzi está com a palavra, para encaminhar.

 

O SR. MILTON ZUANAZZI: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, lamento que o Ver. Antonio Hohlfeldt não se encontre na sua Bancada, porque ele faz acusações, no meu ponto de vista e do do Líder da nossa Bancada, graves e desaparece do Plenário. Aliás, isso tem sido comum. Um dia atrás, ele me acusou de não estar presente no Plenário; eu nunca falto; ele fez uma acusação gratuita. E referiu-se ao Ver. Gérson Almeida chamando-o de suplente. Se ele está-me ouvindo, eu gostaria que ele viesse até aqui, porque nós estamos tratando de um tema, a publicidade, que de uns anos para cá - e o Ver. João Dib me dizia que nos tempo dele não faziam - todos fazem. Ver. Dilamar Machado, Ver. Artur Zanella, corrijam-me se todos os partidos em nível municipal, estadual ou nacional não fazem propaganda das suas administrações. Qualquer partido político faz: em São Paulo, o Sr. Paulo Maluf; a propaganda da GM nesta semana, que coisa fantástica! É evidente que essa relação só vai mudar quando a opinião pública souber o que é sério, coerente e o que não é coerente. Mas, em nome disso, o Ver. Antonio Hohlfeldt ocupar a tribuna, usar o nosso partido como se estivesse negociando a Mesa para aprovação de Projetos é lamentável. Acho uma atitude policialesca, inadmissível, que não está no nível de fraternidade e companheirismo que esta Casa merece. E o Ver. Antônio Hohlfeldt tem sido contumaz, cotidianamente, a cada Sessão vem com este tipo de crítica.

E eu fico lembrando o Prof. Mangabeira Hunger, que diz que a coisa mais terrível é aqueles que perderam a utopia e não encontraram outra. E a sensação que o Ver. Antonio Hohlfeldt me dá é esta, tinha lá suas utopias, apostou no projeto do PT, perdeu suas esperanças e não encontrou outra. Vem aqui para esta tribuna, diz o que bem entende, fala de quem quer. E mais, não está nem de acordo com aquilo que este Plenário vinha discutindo sobre este Projeto. Vou mais longe, não está nem de acordo com o que este Plenário vinha discutindo.

Mais, Ver. Luiz Negrinho, esta Casa aprovou suplementação há 15 dias atrás para o DMAE, DEMHAB, Governo Municipal e só deixou este fora, inclusive, em função de uma discussão sobre o Orçamento que tramitava na Casa.

Então, francamente, cada um Vereador tem a sua consciência para votar como quer. Se o Ver. Elói Guimarães deu um Parecer favorável na Comissão de Justiça e defendeu, acho que o máximo que os Vereadores que discordam podem fazer é votar contra.

Agora, não podem aqui cobrar posição de coerência, em nome de qualquer Bancada, até porque esta discussão de Mesa sequer perpassou pela discussão desse Projeto, sequer entrou em nenhum momento no debate. Outros debates, outras articulações houveram. Mas, não em questão de Mesa. Não está em discussão o futuro da Mesa Diretora. E é lamentável que um Vereador como Elói Guimarães, com quatro mandatos no lombo, como se diz lá em Bom Jesus, receba de repente de um Vereador na tribuna esta pecha.

Lamento profundamente em nome da nossa Bancada, o Ver. Nereu D'Avila pediu-me que colocasse, porque isso cria um nível de divergência e de desconfiança entre os Vereadores da próxima legislatura que não existe, não há, não foi negociado nestes termos.

Isto é um desvio de um caráter parlamentar, fundamental para uma boa convivência, que infelizmente não aceito aqui, represento a nossa Bancada, não aceito que as coisas sejam postas deste jeito. Há reclamações, se se fez oposição, se não se fez oposição, se esta Casa não é ouvida lá fora, é verdade, ela é que tinha que ter gasto com publicidade. Por isso defendi o projeto do Ver. Wilton Araújo que na época foi da Mesa, tão criticado, que esta Casa também tem que saber divulgar. Não adianta nós ficarmos choramingando que o Executivo gasta com publicidade e esta Casa não articula absolutamente nada para demonstrar o que está fazendo.

Acho que isso tem que ser uma reflexão coletiva e a vontade, o desejo que se publique o que se faz nesta Casa é fundamental. Agora, o que não podemos, em nome de não termos conquistado espaço, de a "Zero Hora" ter retirado o repórter aqui de dentro há alguns anos, é achar que tudo pode ser misturado, num mesmo nivelamento, e fazer críticas como as que o Ver. Antonio Hohlfeldt fez aqui à nossa Bancada e, em particular, ao Ver. Elói, o que não admitimos porque, em absoluto, isso foi negociado em qualquer momento. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Edi Morelli está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. EDI MORELLI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, o assunto é sério, mas escuto cada aberração desta tribuna que fico impressionado!

O Ver. Milton Zuanazzi fala na publicidade da GM. Não sei se a GM está pagando a "Zero Hora" para colocar essas reportagens que saem, de 3, 4 páginas, na "Zero Hora". Não sei. Se está é outra questão.

Mas, a suplementação de verba que o Executivo pede para publicidade é incrível! O "Cidade-Viva", acabou a eleição, acabou. Agora vem a suplementação de verba porque no ano que vem - ano anterior à eleição - tem que entrar de novo o "Cidade-Viva" no ar para preparar as eleições de 1998.

Acompanhei o Prefeito Tarso Genro a Montevidéu e numa palestra, num debate do Prefeito Tarso Genro num auditório da Prefeitura daquela Cidade ele fez as explanações, inclusive do Orçamento Parcipativo, e deixou as respostas para o final. Quando não havia mais ninguém inscrito lá atrás, um rapaz brasileiro, do PT, fez duas perguntas ao Prefeito Tarso Genro, uma delas sobre o Orçamento Participativo: no orçamento participativo, não tem como haver manipulação através de "lobbys"? Uma pergunta inteligente, e eu quero parabenizar a militância do PT pela forma inteligente como faz as coisas. Agora, nem todos engolem a coisa como eles querem que seja engolida.

É evidente que foi uma maneira inteligente de mostrar aos uruguaios que esse Orçamento Participativo, aqui em Porto Alegre não é manipulado. Mas nós sabemos da manipulação, isso está comprovado e é por isso que o PT insiste para que não seja regulamentado. Mas eu dizia, meu caro Adaneto, quando interessa ao PT é uma coisa, quando não interessa é outra.

Um trabalho feito na Av. Nilvo, na Restinga, no ano passado, eu levei 8 meses para conseguir uma audiência com o Prefeito Tarso Genro, para cobrar a complementação do trabalho feito. E eu tive a audiência com o Prefeito Tarso Genro, e ele despachou um ofício ao Secretário Municipal dos Transportes. Para surpresa minha, uma funcionária, não sei quem é, da SMT, ligou para o meu gabinete perguntando o que eu estava reclamando, porque ela não entendia. Agora, ela não entendeu o croqui do Projeto feito por técnicos da SMT, ela queria que eu fosse lá na SMT dizer a ela o que estava faltando. Ela que mande um técnico lá na Avenida, junto com o croqui do Projeto, que ela vai ver que não foi feito coisa nenhuma a não ser a colocação de pedras que fazem a sonorização, mas nada foi feito. Aí é difícil o diálogo com o PT, porque só interessa ao PT, é aquela história: Deus para mim e o diabo para vocês. Se você precisa do PT, tem que negociar o voto, mas eles não cumprem. É a realidade. Eu achava que apenas Olívio Dutra e Hélio Corbellini não tinham palavra, mas enganei-me. Não digo que Tarso Genro não tenha palavra, mas a assessoria dele faz o que quer, e ele não está nem aí. Depois, vem com desculpas esfarrapadas para tentar solucionar o problema. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o PLE nº 062/96. (Pausa.) (Após a chamada nominal)

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT (Questão de Ordem): Sr. Presidente eu solicito uma Questão de Ordem.

 

O SR. PRESIDENTE: Tão logo seja apregoado o resultado.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Eu solicito agora, antes do resultado.

 

O SR. PRESIDENTE: É quanto à contagem, Vereador.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Ele ainda não terminou a contagem. A Questão de Ordem é quanto ao meu voto e de acordo com o Regimento.

 

O SR. PRESIDENTE: Qual é o artigo, Vereador?

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Presidente, V. Exa. quer manipular a Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa não vai dialogar com V. Exa.. Qual é o fundamento, Vereador, da Questão de Ordem?

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: O fundamento é retificar o meu voto "Não" e acrescentar a Declaração de Voto.

 

O SR. PRESIDENTE: A Declaração de Voto é uma prerrogativa de V. Exa.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Eu não havia declarado antes.

 

O SR. PRESIDENTE: Pois não, Vereador. A Mesa apregoa o resultado da votação do PLE nº 62/96. APROVADO o PLE nº 62/96 por 21 votos SIM e 05 votos NÃO.

Esta Presidência solicita que o 1º Secretário faça a leitura da declaração de voto do Ver. Antonio Hohlfeldt.

 

(O Sr. 1º Secretário, Ver. Fernando Záchia procede a leitura.)

 

"DECLARAÇÃO DE VOTO

 

Voto contra o Projeto por entender que a Administração Popular cometeu irregularidade ao contratar publicidade sem cobertura orçamentária e que o Legislativo não deve dar cobertura a tais improbidades.

 

Sala do Plenário, 10.12.96

 

Ver. Antonio Hohlfeldt

Líder PSDB."

 

O SR. ARTUR ZANELLA (Requerimento): Sr. Presidente, são 11h20min e eu, pelo menos, votei apenas um Projeto no dia de hoje; então, requeiro que a Presidência, a partir dessa votação, por favor, considere o tempo máximo de dois minutos para cada um, sendo um a favor e outro contra. Porque do jeito que vai, nós não vamos terminar nunca essa Pauta. Solicito a V. Exa. que diligencie junto às Lideranças esse tipo de providencia.

 

O SR. PRESIDENTE: Esta Presidência gostaria, antes de tratar desse assunto, submeter a V. Exas. a seguinte questão: hoje ocorrerão três Sessões Solenes no período da tarde: às 15, às 17 e às 19h.

A Presidência preserva, em primeiro lugar, o cumprimento do Regimento interno, porque ela não pode sobrepor uma Sessão Extraordinária à Reunião das Comissões Ordinárias. Em segundo lugar, tem a reunião da Comissão Externa às 14h30min.

Consulto a V. Exas. sobre esse impasse da convocação da Extraordinária para a tarde.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: Como foi feito nos anos anteriores, Sr. Presidente, em situações semelhantes?

 

O SR. PRESIDENTE: Quando havia reuniões das Comissões não se realizava. Resta-nos a quarta-feira de manhã. Estamos disponíveis para a realização de Sessões Extraordinárias à noite, mas a questão colocada é que todos os Vereadores tem a agenda toda pré-estabelecida, com muitos compromissos à noite e que, evidentemente, são compromissos políticos, comunitários dos Vereadores.

Informamos que quinta-feira não teremos Sessões Solenes.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: Quais as Sessões Solenes de hoje?

 

O SR. PRESIDENTE: Nos temos a Entrega de Título, às 15 horas, ao Sr. Anestor Tavares, proposta pelo Ver. Antonio Hohlfeldt; às 17 horas, entrega de título ao Sr. Édison Dutra, proposta pelo Ver. Milton Zuanazzi; e às 19 horas a entrega de título ao Sr. José Camargo, proposta pelo Ver. João Dib.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: Por mim pode haver Sessão Extraordinária à tarde, porque eu não virei a essas sessões.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa não pensa em individualidades, ela pensa no coletivo e respeita as Sessões Solenes que existem até para não haver prejuízo aos Vereadores proponentes.

 

O SR. FERNANDO ZÁCHIA: Ontem, eu recebi um comunicado que haveria hoje Sessões Extraordinárias pela manhã, à tarde e à noite. Existe problema de agenda para os vereadores, mas dentro do espírito da importância do momento, todos nós nos readaptamos rapidamente. Eu me programei para hoje ter Sessões Extraordinárias, surpreso fico na possibilidade de não haver Sessões Extraordinárias hoje à tarde e haver amanhã pela manhã.

 

O SR. PRESIDENTE: A prévia agendada entre a Mesa e as Lideranças é que haveria Sessões todas as manhãs e todas as tardes, de segunda a quinta-feira, não foi observada a questão das Sessões Solenes. Hoje, além de haver quatro vereadores envolvidos com as Sessões Solenes e o Presidente que presidirá os trabalhos, o Ver. Reginaldo Pujol está representando à tarde, a Câmara em diversos atos com a presença no Estado do Vice-Presidente da República do Brasil Sr. Marco Maciel.

 

O SR. FERNANDO ZÁCHIA (Questão de Ordem): Vai haver Reunião Extraordinária ou não? Eu recebi um comunicado de que haveria.

 

O SR. PRESIDENTE: Vereador, nós estamos num auto espírito democrático, consultando o conjunto da Casa para adequar o melhor encaminhamento. Nós poderíamos simplesmente convocar. Agora, regimentalmente, não podemos sobrepor uma Sessão à uma outra.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT (Questão de Ordem): Embora de acordo com V. Exa. que, regimentalmente, não se poderia sobrepor. Por outro lado, parece-me que em havendo a aquiescência dos Vereadores diretamente envolvidos nas Sessões Solenes não haveria problema. De nossa parte, na Sessão das 15h nós fomos obrigados a marcar essa Sessão, porque o cidadão homenageado é de idade e corremos o risco de não tê-lo vivo no ano que vem, na hora da homenagem.

Eu não me sentirei prejudicado, no sentido de haver uma Sessão normal, extraordinária, porque os Projetos que estamos votando são variados e podemos acompanhar as votações sem maior problema. Penso que o Ver. Dib e Zuanazzi provavelmente tenham as mesmas posições. Prevendo que a CEFOR tem reunião às 14h, nós adiantamos o horário da nossa reunião, podendo, a partir das 13h, fazer uma Sessão Extraordinária.

 

O SR. PRESIDENTE: Podemos fazer às 14h30min.

 

O SR. MILTON ZUANAZZI (Questão de Ordem): existe algum impedimento legal para convocar sessão extraordinária na semana que vem?

 

O SR. PRESIDENTE: Legalmente este Presidente pode convocar, tem poderes regimentais, como o Prefeito também tem, pela Lei Orgânica, essa prerrogativa e inclusive um terço dos Vereadores, mas a disposição da Mesa e do Colégio de Líderes é de enfrentar toda a pauta nesta semana para não fazer convocação extraordinária. Essa é a disposição.

 

O SR. MILTON ZUANAZZI (Questão de Ordem): A gente sabe que pode ficar um ano aqui e não votar tudo, e se quisermos, votamos com certa rapidez, porque são, às vezes, trinta inscritos para discutir um determinado assunto. Então é muito relativo esse acerto. Penso que a Mesa e as Lideranças têm que determinar os horários vagos, tentando votar até o dia quinze. O Plenário tem que ter bom senso para tentar votar. Na Comissão do CEDECONDH, hoje, há mais de dez pessoas já serem ouvidas. Eu não posso simplesmente cancelar.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, aconteceram duas reuniões da Mesa e Lideranças, onde encaminhamos a possibilidade de votação dos projetos que já estavam na Ordem do Dia e mais alguns que os Vereadores consideravam importantes. Então, a nossa posição é a de que cumpramos esse acordo, que a Sessão Extraordinária inicie às 15 horas, para que as Comissões Permanentes possam trabalhar mas é preciso que mantenhamos a reunião de hoje, podemos trocar de local, ir ao Plenário grande, mas que as Sessões Solenes aconteçam.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa tomará as providências.

 

O SR. NEREU D'ÁVILA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, gostaria de pedir a V. Exa. que desse 3 minutos para encaminharmos.

 

O SR. PRESIDENTE: Eu acredito, Ver. Nereu D'Ávila, que depois da audiência, a Mesa procurou estabelecer uma posição de consenso.

 

O SR. NEREU D'ÁVILA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, a minha opinião é favorável a que não haja Sessão Extraordinária, porque durante todo ano essa Casa foi vagorosa, paquidérmica e morosa, querendo agora resolver os problemas num dia. Nós temos Comissões Externas, Comissões Internas, Sessões Solenes programadas e agora querem forçar a barra. Então, a melhor solução, a mais consentânea, com bom senso, seria a de a Câmara se autoconvocar 2a., 3a. e 4a. feira que vem, para esgotar a Pauta, mas não forçar hoje. É absolutamente impertinente esse tipo de raciocínio.

 

O SR. PRESIDENTE: Esta Presidência vai fazer todo o esforço, Senhores Vereadores, gostaríamos que V. Exas. assumissem essa Presidência e a Mesa Diretora dos trabalhos desta Sessão Legislativa, deste ano Legislativo. Em primeiro lugar, não vamos aceitar, embora respeitando a posição, a declaração que esta Casa, tanto através dos seus Vereadores, como da sua Mesa Diretora, foi morosa ou paquidérmica ao encaminhar os seus Projetos para discutir, debater e votar. A Casa atingiu um dos mais altos índices de votação de projetos este ano. De outro lado, nós, evidentemente, vamos fazer o máximo, todo o esforço, para votarmos até 6a. feira o maior número de Projetos. Evidentemente, que o dia de hoje envolve questões difíceis, mas não impossíveis de se enfrentar num processo de votação.

Nós entendemos que é muito melhor continuarmos desenvolvendo a votação, aqui, neste momento, e não realizarmos as Extraordinárias no dia de hoje. Inclusive, o Projeto que foi votado hoje era polêmico, nós nos liberamos deste Projeto polêmico, é indiscutível. Portanto, amanhã, nós teremos Sessão Extraordinária, às 9 horas. Fazemos um apelo a todas as Bancadas da Casa no sentido de que cumpram o horário das 9 horas para que este Vereador não seja obrigado a convocar nova Sessão Extraordinária, às 9h30min, pela ausência de quórum às 9 horas. Nove horas é um horário extremamente razoável. Portanto, na tarde de hoje, frente às inúmeras atividades deste Legislativo, importantes para a vida da Cidade, Comissões Permanentes, Comissões Especiais, Sessões Solenes, compromissos que naturalmente gerariam uma dificuldade em relação à Sessão Extraordinária, nós não faremos a Sessão Extraordinária, hoje à tarde, mas, amanhã, pela manhã, já está convocada a Sessão Extraordinária às 9h da manhã. Se o avanço for muito lento, já fica convocada a Sessão Extraordinária das 20 horas para o desenvolvimento dos trabalhos desta Casa, à noite. Esta é a deliberação tomada, vamos colocar em votação novo Projeto.

 

O SR. EDI MORELLI: Sr. Presidente, apenas para um esclarecimento, o compromisso profissional que eu tinha, hoje, à tarde, eu transferi para amanhã. Então, antecipadamente, eu estou comunicando que não virei amanhã pela manhã.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa informa que já havia uma deliberação da Mesa e das Lideranças de Sessões Extraordinárias durante toda a semana, pela manhã e à tarde, sendo que, à noite, ficaria de combinação com os Srs. Vereadores.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT (Questão de Ordem): Sr. Presidente, é um assunto paralelo a este que está sendo encaminhado por V. Exa., mas que eu tenho preocupação e queria me permitir, respeitosamente, alertar à Mesa. As Bancadas haviam definido que, a partir da terça-feira, nós começaríamos a liberar a Pauta com Projetos novos. Agora, seria preciso que V. Exa. assinasse os deferimentos dos pedidos do Artigo 81. Eu queria fazer um apelo a V. Exa.. Inclusive um dos Projetos que pedi ainda não está em Pauta, a partir de hoje. Temos as 48 horas para a questão regimental. Pediria que V. Exa. assinasse e deferisse.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa informa a V. Exa. que já assinou todos ainda pela manhã.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: Dentro dessa linha, gostaria que fossem votadas nesta semana as Renovações de Votação.

 

O SR. PRESIDENTE: Não há necessidade de requerimento para tal.

 

DISCUSSÃO GERAL

 

3ª SESSÃO

 

PROC. 2575/96 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 004/96, de autoria do Ver. Fernando Záchia, que acrescenta o inciso XX ao art. 94 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, e dá outras providências. (prazo para o Prefeito manifestar-se quanto a Pedido de Providências)

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão, o PELO nº 004/96. Não havendo quem queria discutir, encerramos a discussão da 3ª Sessão do Projeto.

 

O SR. HENRIQUE FONTANA: Quero apresentar uma sugestão à Mesa de que se fizesse uma conversa entre as lideranças, já que estão mudando algumas regras para que se compusesse minimamente o nosso Programa que, concordo com V. Exa., temos que votar o Projeto de forma organizada.

 

O SR. PRESIDENTE: Estamos totalmente abertos a qualquer contato entre as lideranças individual ou coletivamente para tratar desse assunto.

Requerimento de autoria do Ver. Henrique Fontana, solicitando autorização para viajar a Brasília, nos dias 10 e 11 de dezembro, para tratar de assuntos referentes à Comissão de Saúde.

Em votação.(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADO o Requerimento.

Requerimento do Ver. Henrique Fontana, que solicita o pagamento de uma passagem de ida e volta a Brasília e duas diárias para participar de atividades que acontecerão nos dias dez e onze de dezembro de 1996, no Congresso Nacional, em Brasília. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADO.

A Mesa apregoa Emenda nº 01, de Liderança do Ver. João Dib ao PLE 67/96. (Lê.)

A Mesa apregoa a Emenda nº 02, firmada pelo Ver. Nereu D'Ávila, ao PLE nº 97/96. (Lê.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 3234/93 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 047/93, de autoria do Ver. Artur Zanella, que estende a Área Urbana de Ocupação Intensiva do território do Município de Porto Alegre. Com Substitutivo nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da LOM;

- nos termos do Art. 19, I, "n", do Regimento, o Senhor Presidente deferiu Requerimento do autor quanto à mudança da espécie deste Processo, tendo em vista a natureza da matéria, deixando o mesmo de tramitar como PLL nº 150/93 e passando a PLCL nº 047/93;

- adiada a discussão por uma sessão.

 

O SR. ARTUR ZANELLA (Requerimento): Sr. Presidente, estou pedindo adiamento por duas Sessões, do PLCL nº 047/93, de minha autoria.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa coloca em votação o requerimento de autoria do Ver. Zanella para que o PLCL nº 04/93 seja adiado por duas Sessões.

Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. JOÃO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, hoje à tarde a reunião das Comissões e alguns Requerimentos de urgência poderiam ser votados agora.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa coloca em votação o Requerimento de V. Exa. para que os requerimentos sejam votados imediatamente.

Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

(Obs.: Foram lidos e aprovados os Requerimentos constantes de Ata.)

 

Requerimento do Ver. Henrique Fontana para que o PLE 67/96, que dispõe sobre a remuneração dos Secretários Municipais, Procurador-Geral do Município, Diretores-Gerais de Autarquias, Diretor-Geral do Departamento de Esgotos Pluviais, Presidente da FESC, Assessores do Prefeito Municipal, Coordenador-Geral do GAPLAN, seja considerado em regime de urgência e submetido à reunião conjunta: CCJ, CEFOR e CUTHAB.

Em votação.(Pausa.) O Ver. Jocelin Azambuja está com a palavra, para encaminhar.

 

O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, é inadmissível que esse Projeto tenha entrado nesta Casa em 6.11 e agora já esteja sendo pedida a urgência da matéria, pelo art. 81, pelo que me consta.

Na verdade, não considero a matéria moral. Disse isso num debate que fiz com o Secretário de Governo, colocando que se tivesse encaminhado em agosto, junto com o Orçamento do Município, com os demais Projetos, tudo bem. Acabar-se-ia discutindo, votando, aprovando, passaria pelas Comissões.

Mas, de repente, após o período eleitoral, o PT, que é tão ético, que devolve salários, que vai na Caixa, faz depósito de salário, porque não querer receber o "jeton" na Assembléia, porque isso, porque aquilo, manda um Projeto de remuneração maior para os Secretários, após as eleições, pede votação de urgência da matéria, isto, realmente, contradiz todo o postulado do primado ético e moral que o Partido dos Trabalhadores prega.

Se é justo ou não a remuneração, é uma outra questão. Agora, o que não se pode aceitar é que seja apresentado desta forma. E o Secretário Alvarez - até pouco tempo eu debatia num programa de televisão dizia que deveria estar lá o Prefeito Tarso Genro para debater, pois foi ele quem encaminhou - estava trabalhando em causa própria. Ele continuará sendo Secretário do Governo e estava tratando de buscar o seu aumento. Está correto. Agora, eu não posso concordar, e tenho certeza de que os meus companheiros de Bancada também não podem concordar, com esta postura. Encaminha-se um projeto desta natureza para ser votado com urgência pelos éticos, morais que devolvem salário, que devolvem tudo e que não querem nada, que não gostam de coisa alguma do poder, e encaminha-se este Projeto após as eleições. Não deveriam pedir a urgência, e nós vamos votar contrariamente ao Requerimento de urgência. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o requerimento de urgência para o PLE nº 067/96.

Votação nominal a requerimento do Ver. Jocelin Azambuja. (Após a chamada.) APROVADO o Requerimento por 16 votos SIM 04 NÃO e 02 ABSTENÇÕES.

A Mesa apregoa Substitutivo do Ver. Isaac Ainhorn ao PLL nº 135/96 que denomina e delimita o Bairro Iguatemi no Município de Porto Alegre.

Requerimento, firmado pelo Ver. Henrique Fontana, para que seja considerado em regime de urgência e submetido à reunião conjunta da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM o Projeto de Lei que autoriza a Prefeitura Municipal a contratar operação de crédito com a Caixa Econômica Federal Pró-saneamento, PLE nº 68/96.

O Ver. Artur Zanella está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, creio que esses Projetos devem ser analisados um pouco mais. Então, sugiro, já que iremos fazer Sessões Extraordinárias, que o Ver. Henrique Fontana não traga tudo para a urgência e que use o bom senso, pois se a Prefeitura estiver efetivamente interessada nesses Projetos, deve discutir melhor com as lideranças, porque há problemas embaixo da aprovação desse Projeto. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Verle está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. JOÃO VERLE: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, são dois Projetos de Lei do Executivo que buscam autorização desta Casa para contratar operações de crédito com a Caixa Econômica Federal: esse pró-saneamento, que são 2 milhões, e um outro, que são 10 milhões, que é o pró-moradia, para o DEMHAB realizar obras de habitação popular em diversas áreas da cidade. E o outro Projeto nós não estamos pedindo urgência hoje, porque estamos em negociação com o Ver. Nereu D'Ávila e Ver. Mário Fraga em relação a uma inconformidade de uma das partes interessadas, que é o Jardim Vila Nova. Então, vamos tentar administrar esse problema, inclusive temos uma reunião hoje com a comunidade. Penso que este Projeto pode ser aprovado agora. Se alguém tiver algum questionamento formulará nas reuniões conjuntas das Comissões, inclusive na própria votação. São recursos para solucionar problemas de drenagem, em diversas regiões, beneficiando, aproximadamente, 200 famílias na Av. Divisa; 300 famílias na Av. Berlim - Pará; 400 famílias na Estrada dos Alpes; 3 mil famílias na Rua Ildo Rangel e adjagências; mais 200 famílias na Rua Manoel Camargo; 400 famílias no Retiro da Ponta Grossa; e 1 mil famílias na Rua Silvio Sanson e adjacências. É um Projeto que, eu penso, não deve merecer maiores dificuldades de aprovação. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, para encaminhar, o Ver. João Dib.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Sempre tenho as minhas dúvidas. A Lei Orgânica diz que a 180 dias do término da administração o Prefeito não pode iniciar obras para as quais ele não tenha recursos definidos no orçamento. Agora, vai fazer empréstimos par fazer obras que não estão cobertas por verbas orçamentárias. Mas eu tenho, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, uma questão formulada à Comissão de Justiça para que diga se isso pode ocorrer, ou não e até especificamente no caso da Cosme Galvão, uma votação que eu perdi de 26 a 1. Sou um crédulo na Comissão de Justiça, até porque eu formulei uma Questão de Ordem, um Requerimento à Comissão de Justiça para saber como se aplicavam os 13% da saúde e, por unanimidade, a Comissão de Justiça disse que era sobre o orçamento global da Prefeitura, incluía autarquias, FESC e outras coisas mais. Eu gostaria, também, que a Comissão de Justiça dissesse se podem abrir novas obras já que não há verbas, fazendo propostas no sentido de fazer financiamento ao término da administração. Sou grato e voto contra.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação (Pausa.) Os Senhores Vereadores que estiverem a favor, permaneçam como se encontram. APROVADO contra o voto do Ver. João Dib, o pedido de urgência para o PLE nº 68/96.

 

O SR. PRESIDENTE: A Vera. Helena Bonumá solicita Licença para Tratamento de Interesse Particular, no dia de hoje, a Mesa declara empossado o Suplente Ver. Gerson Almeida.

A Mesa informa que agilizou os Requerimentos de pedidos de urgência de Projetos que exigem a votação das Comissões. Há quatro Requerimentos que envolvem matéria de moção, esses serão votados na Sessão Ordinária de amanhã, para agilizar a Pauta, até porque temos Requerimentos que entraram hoje.

 

O SR. ARTUR ZANELLA (Questão de Ordem): A Mesa já tem um Requerimento meu para que seja agilizada a votação das Renovações de Votação.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa se escusa por não tê-lo colocado na ordem existente, face a importância, porque V. Exa. argumentou que há Renovações de Votação do mês de agosto, e coloca que nesse momento se inverta a ordem, que imediatamente se vote as Renovações de Votação na ordem existente dos projetos na Pauta.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: Eu acho que, primeiro, aquela da semana da Restinga.

 

O SR. PRESIDENTE: É o referente ao PLL nº 164/95.

Em votação. (Pausa.) Os senhores vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

RENOVAÇÃO DE VOTAÇÃO

 

PROC. 2716/95 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 164/95, de autoria do Ver. João Verle, que institui a Semana da Restinga no Município de Porto Alegre, e dá outras providências. Com Emendas nºs 01, 02 e 03, ao Projeto, e Substitutivo nº 01 com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela rejeição do Projeto e das Emendas nºs 01, 02 e 03, e pela aprovação do Substitutivo nº 01 com Emenda nº 01.

 

Observações:

- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da LOM;

- renovação de votação nos termos do Art. 196 do Regimento da CMPA.

 

O SR. JOÃO VERLE: Na Renovação se pode encaminhar também?

 

O SR. PRESIDENTE: Sim, de comum acordo. O Ver. João Verle está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. JOÃO VERLE: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, esse Projeto que visava a oficializar a Semana da Restinga, que já existe não era o caso de criar -, teve um Substitutivo do Ver. Reginaldo Pujol. Nós gostaríamos que esse Substitutivo fosse rejeitado e que o Projeto fosse aprovado com a Emenda do Ver. Mário Fraga, que pediu a Renovação de Votação porque a sua Emenda foi derrotada. O Substitutivo do Ver. Reginaldo Pujol, no nosso entendimento, estabelece critérios fixos em relação à composição da comissão, datas e uma série de outras determinações que entendemos deveriam ficar para a comunidade decidir. Só estabelecemos que a comissão deve contar com a presença de representantes da comunidade nas várias esferas, com atividades nas áreas social, cultural e esportiva.

Entendemos que o substitutivo torna-se muito rígido, de modo que qualquer mudança que posteriormente se dê na composição das entidades, na criação eventual ou modificação na correlação das entidades venha a tornar impraticável a Semana. Por essa razão, nós entendemos que o Substitutivo não deve merecer aprovação, e sim o Projeto, e nós, que na ocasião votamos contra a Emenda do Ver. Mário Fraga, nos comprometemos com ele a votar a favor da mesma. Embora ela estabeleça uma atividade fixa, acho que nós podemos aceitá-la. A dificuldade é tornar toda a Semana previamente definida, previamente estabelecida porque isso não daria margem à população organizada criar e propor, cada ano, inovações em relação a ela. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Edi Morelli.

 

O SR. EDI MORELLI: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, estamos encaminhando a Renovação de Votação desse Projeto. Já colocamos o nosso pensamento aqui porque também está tramitando na Casa a Semana do Menino Deus, já temos a Semana da Tristeza. De repente, as festividades da Semana de Porto Alegre vão cair por terra, porque cada Bairro vai ter a sua semana e aí não tem porquê festejar a Semana de Porto Alegre.

Quero aproveitar, Ver. Guilherme Barbosa, V. Exa. que está mais de corpo presente no problema lá no Jardim Leopoldina, para dizer que a Caixa Econômica Estadual deixou de mandar os DOC para os moradores pagarem as suas mensalidades. Então, as pessoas estão perdendo um tempo enorme na fila para retirar o DOC e depois ficar mais um tempo enorme na fila para efetuar o pagamento. É uma falta de respeito da Caixa com moradores do Leopoldina que deixou de enviar os DOC e as pessoas perdem tempo na fila para retirá-lo e depois para efetuar o pagamento.

Esta é a denúncia que está sendo feita por moradores do Jardim Leopoldina. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Reginaldo Pujol.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Aguardar todo esse tempo para discutir 2 minutos a matéria é uma incongruência. Numa tentativa extremada de objetividade quero oferecer um reparo à colocação do Ver. João Verle, que diz que o nosso Substitutivo engessa a Semana da Restinga e impede que a comunidade possa fazer programações novas, ano após ano. Equívoco, as únicas atividades que ficam efetivamente consolidadas é o desfile cívico-comunitário que sempre se realizou na Semana da Restinga e que apenas se oficializa. E de outro lado, também o torneio de futebol promovido pela LIFIAR Liga Independente de Futebol Amador da Restinga que tradicionalmente se realiza e que o próprio Ver. João Verle admite que será realizada ainda que não aprovado este Substitutivo e, sim, o seu Projeto com Emenda do Ver. Mário Fraga. No resto, Sr. Presidente, quero salientar que ao oficializar a data entre 5 e 12 de novembro, que é a data em que, efetivamente, ocorreram as primeiras semanas da Restinga, nós não só ficamos em consonância com a sociedade da Restinga, com a tradição da Restinga como também evitamos uma confusão que o Projeto ensejará quando estabelece que a programação de eventos deverá compreender a semana em que cair o dia 20 de Novembro, Dia Nacional da Consciência Negra e da Ação Anti-Racista.

O que estamos buscando, Ver. Nereu D'Ávila, é evitar que se confunda o Dia Nacional da Consciência Negra, claramente com um objetivo, e o Movimento Anti-Racista com a Semana da Restinga, que não tem nada a ver. A Restinga é uma comunidade como qualquer outra de Porto Alegre, composta por elementos de várias etnias - onde a raça negra tem grande expressão, tem grande significado mas não é a predominante. Lá existem negros, amarelos, existe uma comunidade como em qualquer outro canto de Porto Alegre. Seria até, de certa forma, um ato discriminatório para com a Restinga achar que ela tem que confundir a sua semana com o Movimento Anti-Racista e com o Movimento da Consciência Negra, que tem que ficar isolado para que seja devidamente realçado e não confundido com outro evento.

Então, Sr. Presidente, nesse absurdo de, em dois minutos, se discutir uma matéria dessa profundidade eu digo que o Substitutivo tem o condão de ser fiel com a tradição da Restinga, não ser racista, não confundir uma coisa com outra e, sobretudo, consagrar fatos que tradicionalmente ocorrem nesse período, ou seja, o torneio de futebol que quer o Ver. Mário Fraga e, sobretudo, o desfile cívico-comunitário além de outras emulações culturais que as escolas e os outro integrantes da comunidade irão organizar. Por isso, peço a aprovação do Substitutivo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Substitutivo nº 1 ao PLL nº 164/95. (Após a chamada.) REJEITADO o Substitutivo nº 1 por 17 votos NÃO 08 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO.

Em votação a Renovação de Votação do PLL nº 164/95.

(Após a chamada.) APROVADO por 22 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO.

Passamos para a votação das Emendas apostas ao PLL nº 164/95.

Em votação a Emenda nº 1. (Pausa.)

Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação a Emenda nº 2. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação a Emenda nº 3. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Solicito ao Sr. 1º Secretário que proceda a leitura de duas Declarações de Voto.

O SR. 1º SECRETÁRIO (Lê.):

 

"Declaração de Voto

 

Não votei na outra oportunidade e por coerência não votarei na renovação de votação.

 

(a.) Artur Zanella."

 

"Declaração de Voto

 

Embora em tese seja contra esse tipo de Projeto, voto a favor deste por se tratar da oficialização de um evento que já está plenamente institucionalizado no ponto de vista social, naquela oportunidade.

 

(a.) José Valdir."

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa apregoa o Projeto de Resolução da Mesa Diretora que altera a Resolução 1.321 de 8 de agosto de 1996 que cria o cargo de Técnico de Assessor Especial, no Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências.

 

O SR. ARTUR ZANELLA (Requerimento): Sr. Presidente, eu requeiro que o Projeto nº 62/95, do Ver. Jocelin Azambuja seja votado depois da Renovação de Votação, peço votação nominal para o meu Requerimento.

 

O SR. PRESIDENTE: Vereador, a Mesa sugere votar simbolicamente esse Requerimento, e a inversão já coloca nominal, o Projeto de PLE 28/95, porque dá no mesmo e a Mesa ganha espaço votando mais uma Renovação.

Em votação o Requerimento do Ver. Artur Zanella. (Pausa.)

Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

RENOVAÇÃO DE VOTAÇÃO

 

PROC. 1346/95 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 028/95, que autoriza a alienação de imóvel a Mauro Knijnik, e dá outras providências. Com Emenda nºs 01 e 02.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto; Relator Ver. João Motta: pela aprovação da Emenda nº 01;

- da CEFOR. Relator Ver. Artur Zanella: pela aprovação do Projeto e rejeição da Emenda nº 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CECE. Relator Ver. Jocelin Azambuja: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, VIII, da LOM;

- renovação de votação nos termos do Art. 196 do Regimento da CMPA.

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Artur Zanella está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: Senhor Presidente e Srs. Vereadores, pedi ao meu Líder para encaminhar porque essa é uma questão extremamente complicada, e gostaria de relembrar que esse Projeto teve uma Emenda do Ver. Pedro Ruas colocando no pagamento, por ser parcelado, um percentual de 0,5% a mais no Processo do Sr. Mauro Knijnik. Nós, da CEFOR, suspendemos todos os demais processos à votação e convocamos o Secretário da Fazenda do Município, que explicou por que a Prefeitura não incluiu na venda das nesgas esse 0,5%. Não contente com isso, a CEFOR pediu um documento por escrito da Secretaria, perguntando qual era o seu parecer final. Eles disseram que nessas vendas de nesgas não era interessante a colocação desse 0,5%. Não tenho nada a favor do 0,5% ou menos 0,5%. Me cerquei de todas essas garantias porque a pessoa que vai comprar o terreno é o Sr. Mauro Knijnik, que é Presidente da FEDERASUL, para que não se dissesse que o Ver. Artur Zanella, para ajudar o sr. Mauro Knijnick, tinha prejudicado uma Emenda do Ver. Pedro Ruas, seu colega e amigo. Isso foi, na época, aprovado. Não foi aprovada a Emenda do Ver. Pedro Ruas. Foi votação de 18 a 8. E S. Exa. pede a Renovação de Votação.

Eu, pessoalmente, não tenho nada contra 0,5% o que eu digo é que os demais projetos não foram aprovados com esse 0,5%, os que têm os acréscimos são as vendas dos terrenos normais, será destoante esse processo se tiver de 0,5%. Ressalto que não gostaria que um processo fosse diferente dos outros, quero que fique bem claro que a figura do Sr. Mauro Knijnik, por ser Presidente da FEDERASUL, trouxe para mim a preocupação que esta Casa não aprove um Projeto dizendo que, por ser da FEDERASUL, vai mais meio por cento, e os outros não.

Não tenho nada contra, pessoalmente acho que todos os Projetos quando parcelados deveriam sofrer um acréscimo, só que nenhum teve, o único que terá será este.

Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Raul Carrion.

 

O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, os encaminhando favoravelmente...

 

O SR. ARTUR ZANELLA (Questão de Ordem): O Ver. Pedro Ruas com justiça, lembra que eu encaminhei pela Bancada, porém, não representa o pensamento geral da Bancada. Eu fiz o encaminhamento porque fui Relator da CEFOR.

 

O SR. RAUL CARRION: Em primeiro lugar, encaminho favoravelmente ao Projeto e a Emenda nº 1 do Ver. Pedro Ruas; porque se alguém cometeu erro em projetos anteriores, parcelando o pagamento sem cobrar nenhum juro, entendo que devemos corrigir isso. Claro que não é algo específico para esse Projeto. Não é possível que se parcele o pagamento de um Projeto e não se pague o juro mínimo de 0,5%. Em segundo lugar reforço o encaminhamento favorável a Emenda nº 2, de minha autoria, que já foi aprovada na votação anterior. O que está em discussão, realmente, seria a Emenda nº 1. A Emenda nº 2 simplesmente acrescentou o art. 4º, determinando que os valores auferidos por essa venda deverão ser destinados ao Banco de Terras; aliás, isso é algo que está incluído na própria Lei do Banco de Terras; mas, também, até hoje essas nesgas de terra estão sendo vendidas, e não consta essa determinação.

Sou favorável ao Projeto, à Emenda nº 1 do Ver. Pedro Ruas e à Emenda nº 2 deste Vereador. Muito Obrigado.

 

(Revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação a Renovação de Votação do PLE nº 028/95. (Pausa.) Votação nominal a pedido do Ver. Pedro Ruas. (Após a chamada.) APROVADO o PLE nº 028/95, por 18 votos SIM.

Em votação a Emenda nº 01 ao PLE nº 28/95. (Após a chamada.) REJEITADA por 08 votos SIM e 11 votos NÃO.

Em votação a Emenda nº 02 ao PLE nº 28/95. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA.

Visivelmente não há quórum. Está encerrada a presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 12h42min.)

 

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